Você sabia?
Não se pode deixar de apreciar a beleza dos números
1 x 8 + 1 = 9
12 x 8 + 2 = 98
123 x 8 + 3 = 987
1234 x 8 + 4 = 9876
12345 x 8 + 5 = 98765
123456 x 8 + 6 = 987654
1234567 x 8 + 7 = 9876543
12345678 x 8 + 8 = 98765432
123456789 x 8 + 9 = 987654321
1 x 9 + 2 = 11
12 x 9 + 3 = 111
123 x 9 + 4 =1111
1234 x 9 + 5 = 11111
12345 x 9 + 6 = 111111
123456 x 9 + 7 = 1111111
1234567 x 9 + 8 = 11111111
12345678 x 9 + 9 = 111111111
123456789 x 10 + 9 = 111111111
SEXTA-FEIRA 13
As bruxas andam soltas.
Toda vez que o calendário marca Sexta-feira 13, você não sente calafrios? A imprensa, em geral, dá grande importância à data. E sempre aparece algum fato novo.
Na crença popular, sexta-feira 13 é dia de azar. Há os que não acreditam, é claro. Mas até esses acham bom não abusar .
Qual a origem da superstição em torno do número 13?
Na mitologia nórdica encontramos uma lenda sobre isso. Odin, chefe de uma tribo asiática, estabeleceu na Escandinávia seu reino. Para administrá-lo, celebrar os rituais religiosos e predizer o futuro, Odin teria escolhido doze sábios, reunindo-os em um banquete no Valhalla, morada dos deuses. Loki, o deus do fogo, apareceu sem ser convidado e armou uma grande confusão. Como invejava a beleza radiante de Balder, deus do Sol e filho de Odin, fez com que Hodur, o deus cego, o assassinasse por engano. Daí veio a crendice de que 13 pessoas reunidas para um jantar é desgraça certa .
Essa lenda é semelhante, ao episódio da Ultima Ceia de Cristo.
Segundo alguns relatos, participaram dessa ceia sagrada os doze apóstolos e Cristo, num total de 13 pessoas. Também aí o final foi infeliz: a crucificação e morte de Cristo, numa sexta-feira. E mais. Na antiga numeração hebraica, os números eram representados por letras. A letra que indicava a quantidade treze era a mesma usada para a palavra morte.
Que número sinistro!
POESIA MATEMÁTICA
As folhas tantas
Do livro matemático
Um quociente apaixonou – se
Um dia
Doidamente
Por uma incógnita.
Olhou – a com seu olhar inumerável
E viu –a, do Ápice à Base,
Uma figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela
Até que se encontraram
No infinito.
“ Quem és tu?”, indagou ele
Com ânsia radical.
“ Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa”
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs –
Primos entre si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do universo finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Construir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial
E se casaram e tiveram uma secante e três cones.
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu – lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu – a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais Um Todo,
Uma unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como, álias, em qualquer
Sociedade.
Millôr Fernandes, 1972
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