segunda-feira, 2 de abril de 2007

Curiosidades

Você sabia?

Não se pode deixar de apreciar a beleza dos números

1 x 8 + 1 = 9

12 x 8 + 2 = 98

123 x 8 + 3 = 987

1234 x 8 + 4 = 9876

12345 x 8 + 5 = 98765

123456 x 8 + 6 = 987654

1234567 x 8 + 7 = 9876543

12345678 x 8 + 8 = 98765432

123456789 x 8 + 9 = 987654321

1 x 9 + 2 = 11

12 x 9 + 3 = 111

123 x 9 + 4 =1111

1234 x 9 + 5 = 11111

12345 x 9 + 6 = 111111

123456 x 9 + 7 = 1111111

1234567 x 9 + 8 = 11111111

12345678 x 9 + 9 = 111111111

123456789 x 10 + 9 = 111111111





SEXTA-FEIRA 13

As bruxas andam soltas.

Toda vez que o calendário marca Sexta-feira 13, você não sente calafrios? A imprensa, em geral, dá grande importância à data. E sempre aparece algum fato novo.

Na crença popular, sexta-feira 13 é dia de azar. Há os que não acreditam, é claro. Mas até esses acham bom não abusar .

Qual a origem da superstição em torno do número 13?

Na mitologia nórdica encontramos uma lenda sobre isso. Odin, chefe de uma tribo asiática, estabeleceu na Escandinávia seu reino. Para administrá-lo, celebrar os rituais religiosos e predizer o futuro, Odin teria escolhido doze sábios, reunindo-os em um banquete no Valhalla, morada dos deuses. Loki, o deus do fogo, apareceu sem ser convidado e armou uma grande confusão. Como invejava a beleza radiante de Balder, deus do Sol e filho de Odin, fez com que Hodur, o deus cego, o assassinasse por engano. Daí veio a crendice de que 13 pessoas reunidas para um jantar é desgraça certa .

Essa lenda é semelhante, ao episódio da Ultima Ceia de Cristo.

Segundo alguns relatos, participaram dessa ceia sagrada os doze apóstolos e Cristo, num total de 13 pessoas. Também aí o final foi infeliz: a crucificação e morte de Cristo, numa sexta-feira. E mais. Na antiga numeração hebraica, os números eram representados por letras. A letra que indicava a quantidade treze era a mesma usada para a palavra morte.

Que número sinistro!




POESIA MATEMÁTICA

As folhas tantas

Do livro matemático

Um quociente apaixonou – se

Um dia

Doidamente

Por uma incógnita.

Olhou – a com seu olhar inumerável

E viu –a, do Ápice à Base,

Uma figura Ímpar;

Olhos rombóides, boca trapezóide,

Corpo octogonal, seios esferóides.

Fez da sua

Uma vida

Paralela à dela

Até que se encontraram

No infinito.

“ Quem és tu?”, indagou ele

Com ânsia radical.

“ Sou a soma do quadrado dos catetos.

Mas pode me chamar de Hipotenusa”

E de falarem descobriram que eram

- O que, em aritmética, corresponde

A almas irmãs –

Primos entre si.

E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz

Numa sexta potenciação

Traçando ao sabor do momento

E da paixão

Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.

Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas

E os exegetas do universo finito.

Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E, enfim, resolveram se casar

Construir um lar.

Mais que um lar,

Uma perpendicular.

Convidaram para padrinhos

O Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro

Sonhando com uma felicidade

Integral

E diferencial

E se casaram e tiveram uma secante e três cones.

Muito engraçadinhos.

E foram felizes

Até aquele dia

Em que tudo, afinal,

Vira monotonia.

Foi então que surgiu

O Máximo Divisor Comum

Freqüentador de Círculos Concêntricos.

Viciosos.

Ofereceu – lhe, a ela,

Uma Grandeza Absoluta,

E reduziu – a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu

que com ela não formava mais Um Todo,

Uma unidade. Era o Triângulo,

Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era a fração

Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade

E tudo que era espúrio passou a ser

Moralidade

Como, álias, em qualquer

Sociedade.

Millôr Fernandes, 1972




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